Tornar-se feliz permanentemente é possível por meio de muito treinamento, para mudar atitudes e hábitos que alimentam pensamentos negativos e o pessimismo
A felicidade permanente parece um objetivo inalcançável, mas não é. Em certo ponto de minha vida, já realizada tanto em âmbito pessoal quanto profissional, comecei a me questionar por que a maioria das pessoas ao meu redor não se sentia tão contente com a vida que levava como eu me sentia. Fui atrás de respostas em cursos na área da neurociência e da psicologia positiva e descobri que, sim, é possível ser plenamente feliz, de modo constante: basta trabalhar, treinar para ser feliz, independentemente de fatores externos ou adversidades.
Construir a própria felicidade é possível porque ela está condicionada ao pensar. São os pensamentos diante de um fato que promovem emoções, que por sua vez, se traduzem em ações. Ao mudar o foco do pensamento, de um polo de negatividade para um polo de positividade, criam-se novas conexões neurais, novas trilhas sinápticas, e deixa-se lentamente o lado pessimista de lado, para assumir uma visão otimista em relação à vida, pavimentando o caminho para a felicidade permanente.
Não obstante os pensamentos serem os responsáveis pelas ações, estas também têm bastante influência nos pensamentos. Então, para que os primeiros se modifiquem, é necessário que as atitudes se alterem. Para isso, novos hábitos precisam ser cultivados. O primeiro e talvez mais importante hábito que se deve cuidar é a autoestima, o autocuidado. Sem gostar de si mesmo, sem aprender a se amar, fica muito difícil vivenciar a felicidade duradoura.
E para elevar a autoestima, é imprescindível aprender a conhecer-se melhor. Ciente das qualidades, virtudes, talentos, limites e poderes, você poderá saber quais as suas forças e pontos a serem trabalhados, assim, agir para se gostar mais torna-se tarefa menos espinhosa. Claro, não é da noite para o dia que isso vai acontecer e novamente é preciso trabalhar bastante e adotar algumas ações que tornem sua conexão consigo mesmo mais profunda. Entre essas ações estão: orar, meditar, fazer exercícios físicos, ser gentil ou simplesmente agradecer por existir.
Pequenas atitudes positivas também podem fazer a diferença no sentido de melhorar a autoestima. Por exemplo, ao acordar, vá para o espelho e sorria. Dessa forma, você ativará uma parte do cérebro (o neurônio-espelho), que indicará ao corpo que está feliz. Tal atitude permitirá começar bem o dia, espantando possíveis pensamentos negativos. Outra ação que pode ser treinada para atrair a positividade é substituir palavras negativas, como “problema” e “dificuldades” por palavras com conotação mais positiva, como “desafios” e “experiência”.
É recomendável não se deixar influenciar por notícias ruins, vindas da televisão ou de redes sociais. Procure ainda se cercar de pessoas alegres e positivas. Se alguém muito importante do seu convívio é pessimista, tente contagiá-lo com positividade, sendo generoso e bondoso com ele, e sempre que possível elogiando-o. Evite, por fim, fazer reclamações, lamurias ou ruminações constantes. Tenha em mente que 50% da felicidade é hereditária, 10% é influenciada pelo o ambiente e 40%, depende das escolhas pessoais. Ou seja, boa parcela da felicidade pode ser mudada e construída por meio de ações que estão ao seu alcance, nas suas intenções.
E é sempre bom lembrar: ser feliz de forma perene não pode se confundir com nunca se sentir triste. Felicidade e tristeza são aspectos relacionados ao ser humano completamente distintos entre si. Enquanto o primeiro é um estado de espírito e perdura, o segundo é uma emoção, logo é momentânea. Ao treinar atitudes para modificar hábitos e, assim, moldar pensamentos, tornando-os repletos de positividade, o ser humano se mune de ferramentas e forças que lhe permitem lidar melhor com afetos tristes e adversidades que acontecem no curso da vida.
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